SESSÃO DE 19/05/2010

20/05/2010

Assista ao vídeo do discurso

SR. DONATO (PT) – (Sem revisão do orador) –
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e telespectadores da TV Câmara, acompanhei ontem os pronunciamentos do nobre Vereador Floriano Pesaro e hoje o do nobre Vereador Carlos Alberto Bezerra Jr., sobre o dia de luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Parabenizo S.Exas. por trazerem esse importante tema aqui. A lei que cria esse dia é de autoria da nobre Vereadora Claudete Alves. A lei não diz respeito a apenas um dia a ser comemorado; também diz respeito a uma série de ações que o Executivo não está fazendo, como de divulgação do Disque-Denúncia 100 e como ser denunciado esse grave problema.

Falarei, mais uma vez, sobre a região da Estrada da M’Boi Mirim, da Estrada do Guarapiranga e de toda aquela região. Nesta semana, houve outra manifestação daquela população, que já não suporta mais a situação do transporte a que está submetida, diariamente, por horas, ficando parada, no transporte, por ausência de gestão no corredor de ônibus e de uma política com uma visão mais estratégica, a fim de priorizar o transporte coletivo.
O Sr. Prefeito e o Sr. Secretário de Transportes falaram que têm a solução para o problema de M’Boi Mirim e a solução é o Monotrilho.

Bem, é necessário, primeiro, apresentar o projeto do Monotrilho, discuti-lo com a sociedade, debatê-lo profundamente, analisar se, de fato, ali essa é a verdadeira solução; se, de fato, aquela região comporta esse sistema de transporte; se essa linha projetada – pelo que eu ouvi falar, porque não temos nenhuma informação oficial – vai ligar ali e o Piraporinha ao Largo Treze; se isso, de fato, é a solução dos problemas da região.
Uma das faixas que os manifestantes traziam dizia a extensão do Metrô Capão Redondo até o Jardim Ângela – que, me parece, é uma solução que, de fato, comporta mais o problema do trânsito naquela região.
O Metrô Capão Redondo, que hoje liga Capão até Santo Amaro, é subutilizado. Ele só terá um verdadeiro carregamento, quando estiver ligado até a Estação Santa Cruz. Trata-se de uma obra que mal se iniciou, ali no Largo Treze: ainda está em passos muito lentos. Mas, enfim, essa é a solução definitiva para o problema do transporte ali na região.

Parece-me que estender a Estação do Capão Redondo até o Hospital do M’Boi Mirim, onde já existe o Terminal do Jardim Ângela, permite absorver aquela população, integrar os ônibus que vêm lá do fundo do M’Boi Mirim, da região do Embu-Guaçu, de Itapecerica da Serra e, de fato, ali fazer a integração com o Metrô e terem um acesso rápido e de maior capacidade para Santo Amaro e para o restante da Cidade.

Assim, julgo que essa discussão não pode ser feita de improviso. É necessário haver uma visão global do que será feito na zona Sul. Não se pode improvisar mais naquela região que, talvez, seja a que mais sofre com o problema de transportes – que, hoje, é da Cidade inteira, sabemos e percebemos isso em cada região, mas, na zona Sul esse problema é muito agudo nas regiões de M’Boi Mirim, do Grajaú, do Campo Limpo. Portanto, é necessária uma visão estratégica do que será feito.

Considero melhor o investimento em metrô, num trecho inclusive que seria menor, do Capão Redondo até o Jardim Ângela, três ou quatro quilômetros, e teríamos o metrô até lá. Ou teriam de ser feitos 11km de Monotrilho. Será que compensa? Será que não é melhor investir e ampliar o Metrô até o Jardim Ângela e, de fato, dar uma solução para o transporte e para o trânsito daquela região tão carente, com uma população trabalhadora, mas tão sofrida e submetida a humilhações todo dia, tendo de, todo mês, fazer manifestações para ter algum tipo de atenção do Poder Público para conseguir uma vida melhor e um transporte digno?

– O Sr. Presidente faz soar a campainha.

O SR. DONATO (PT) – Essa é a reflexão que gostaria de colocar para V.Exas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.