CPI da Prevent Senior chega ao fim e propõe indiciamento de 20 pessoas por vários crimes

Relatório final da CPI da Prevent Senior da Câmara Municipal de São Paulo propõe o indiciamento de 20 pessoas, entre executivos e médicos da operadora de saúde, pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, perigo para a vida, omissão de socorro, assédio moral, crimes contra a humanidade e falsidade ideológica.
Por solicitação do presidente da CPI, vereador Antonio Donato (PT), durante a votação do relatório, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (4/4), foi decidida a exclusão na lista de indiciados da médica Carla Guerra, ex-funcionária da Prevent Senior, por ter colaborado com as investigações da CPI. O relator Paulo Frange (PT) concordou com a solicitação.
O relatório foi aprovado por unanimidade pelos cinco vereadores integrantes da CPI da Prevent Senior, que encerrou seus trabalhos nesta segunda-feira. O documento com as conclusões da comissão será encaminhado agora aos Ministérios Públicos Estadual e Federal.
Os indiciados pela CPI, criada para apurar eventuais irregularidades cometidas contra seus usuários durante a pandemia, são:
Fernando Parrillo (sócio-proprietário)
Eduardo Parrillo (sócio-proprietário)
Cleber Nunes da Rocha (médico)
Roberto de Sá Cunha Filho (médico)
Alvaro Razuk Filho (médico)
Sérgio Wilhelm Lotze (médico)
Rafael Souza da Silva: (médico)
Rodrigo Barbosa Esper: (médico)
Pedro Benedito Batista Júnior (diretor-executivo)
Fernando Teiichi Costa Oikawa: (médico)
Marcelo Machado Castro: (médico)
Saulo Emanuel Barbosa de Oliveira: (médico)
Philipe Leitão Ribeiro: (médico)
Valéria Cristina Vigar Martins: (médico)
Fernando Silva Braga Bueno: (médico)
Priscila Ligeiro Gonçalves Esper: (médica)
Daniela Cabral de Freitas: (médica)
Henrique Godoy (médico)
Sergio Antonio Dias da Silveira: (médico)
Clara Buscarini Leutewiler: (médica)
A falsa pesquisa divulgada pela Prevent sobre a eficácia de hidroxicloroquina, a criação e aplicação de um protocolo de manejo clínico contra Covid-19 que previa o uso contra a doença do chamado “kit Covid”, composto de medicamentos sem nenhuma eficácia comprovada contra o coronavírus, e a existência do chamado “Pentágono”, estrutura informal da operadora de saúde que comandava todas as ações relacionadas com a pandemia, são os elementos que dão materialidade aos crimes da Prevent Senior apontados pela CPI e que sustentam os pedidos de indiciamentos.
“Nossa sensação é de dever cumprido. Fizemos um trabalho amplo e profundo, dando todo direito de defesa aos acusados. O relatório deixa claro que havia uma estrutura na Prevent voltada a constranger a autonomia médica e que incentivou o uso de medicamentos ineficazes contra o Covid-19, como a cloroquina e a ivermectina”, declarou o presidente da CPI, vereador Antonio Donato.

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