CHUVA, FALTA DE OBRAS E PREFEITO AUSENTE

Enquanto a população contabiliza os prejuízos com a chuva entre a noite de domingo (10) e a madrugada de segunda-feira (11), uma olhada nos gastos da Prefeitura de São Paulo em combate às enchentes mostra queda de investimentos nessa área e explica o caos vivido na cidade.


A gestão Doria/Bruno Covas reduziu em 34% a média dos investimentos em manutenção e obras de combate às enchentes e alagamentos. Dos R$ 630 milhões em média entre 2013-2016, os recursos para esses serviços caíram para R$ 413 milhões na média no período 2017-2018. Os dados são do SOF – Sistema de Orçamento e Finanças – da Prefeitura de São Paulo.
E o motivo não é falta de recursos. De 2014 para 2018 a receita municipal cresceu 31%, enquanto os investimentos tiveram queda de 49% (ver planilhas anexas).

O mais lamentável de tudo isso é constatar que, enquanto a cidade de São Paulo vive um verdadeiro caos – e boa parte dos problemas se deve à inaptidão do PSDB para administrar o maior município do Brasil –, o prefeito Bruno Covas está mais uma vez ausente. No sábado (9) o tucano entrou em licença “por motivos pessoais” durante sete dias.

Desde 1º de janeiro de 2017, quando ainda era vice-prefeito, Bruno Covas se ausentou 108 dias da cidade de São Paulo. Desse total, 46 dias foram para tratar de assuntos particulares. O fato é que Bruno Covas gosta muito de viajar, mas não demonstra o mesmo apetite na administração da cidade. Vide os problemas com zeladoria (limpeza e manutenção de espaços públicos) da cidade, que tem deixado muito a desejar, embora tenha sido eleita como prioridade da gestão Doria/Covas.

São Paulo sofre com a Síndrome do Abandono Tucano. Prefeitos eleitos do partido fogem do cargo e adoram viajar, em vez de trabalhar pela cidade. É o caso de José Serra, João Doria e agora Bruno Covas.

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