Programa Mais Educação põe fim a aprovação automática em SP

Desde o início de 2014 entrou em vigor o programa de reorganização do currículo e da administração da rede municipal de ensino, o Mais Educação São Paulo. Uma das mudanças introduzidas foi acabar com a chamada aprovação automática nas escolas.

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Neste modelo de educação o aluno passava de ano mesmo sem aprender, o que vinha gerando críticas, pois muitas crianças chegavam aos 10 anos de idade sem saber ler e escrever. Era um desvirtuamento do aprendizado.

O novo currículo alterou a divisão dos ciclos, permitindo a reprovação em cinco séries (3º, 6º, 7º, 8º e 9º anos). A reprovação funciona como um alerta ao professor, ao aluno e à sua família.

A reorganização também criou a recuperação dos alunos nas férias e a possibilidade de se carregar dependências. Outras novidades são a realização de provas bimestrais, notas de zero a 10 (e não mais por conceito) e obrigatoriedade de lição de casa. As notas dos alunos estão sendo enviadas aos pais ou responsáveis.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a retenção (como é tecnicamente chamada a reprovação) não deve servir como “mecanismo punitivo ou de exclusão” dos alunos.

“A avaliação do processo de ensino e aprendizagem é parte do currículo, constituindo etapa necessária e indispensável para o (re)planejamento das ações pedagógicas e para a reflexão sobre o percurso cognitivo e os conhecimentos significativos já construídos pelos estudantes. Dessa forma, entende-se que a aprovação automática não é um procedimento de uso sistemático, bem como a retenção”, salienta nota técnica da SME.

O documento diz também que “a retenção é resultante de um processo e sinaliza que o percurso do ensino e aprendizagem não atingiu o desejado até determinado momento. É, nesse sentido, um indicador de dificuldades a serem superadas, a fim de que o estudante possa, de fato, avançar para novas etapas. Não deve ser concebida como mecanismo punitivo ou de exclusão”.

Para saber mais, acesse: Programa Mais Educação