Arquiteto explica mudanças na Operação Urbana Agua Espraiada

23/09/2010

O Arquiteto Paulo Bastos, compareceu a Comissão de Finanças nesta quinta-feira, ele foi convidado para explicar o projeto urbanístico original da Operação Urbana Água Espraiada, apresentado em 2001. A Prefeitura pagou cerca de R$ 500 mil reais para elaboração deste primeiro projeto. A lei desta Operação Urbana previa a implantação de um túnel ligando a Marginal Pinheiros à Rodovia Imigrantes com a construção de um parque linear.

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O arquiteto apresenta à Comissão de Finanças o projeto original da Operação Urbana Agua Espraiada, de 2001. Ele também faz parte do consórcio que elaborou o novo projeto que não foi aprovado na lei da Op. Urbana.

O objetivo da Operação Urbana deveria ser revalorizar a área, bem como canalizar o córrego Água Espraiada e urbanizar as favelas desse perímetro. Mas o projeto foi mudado sem que a lei também fosse alterada, ou seja, sem consulta a Câmara Municipal, o que o torna ilegal.

Uma polêmica foi gerada porque o túnel que originalmente seria construido era muito diferente do túnel que a Prefeitura quer construir agora. A embocadura e a desembocadura do túnel – onde o túnel começa e onde termina -, não obedecerão ao projeto inicial, aprovado junto com a lei da operação. Isso tem preocupado muito os moradores da região onde será construido o novo túnel, pois muitas famílias serão atingidas com a mudança de projeto. O impacto da obra será muito maior do que o esperado.

De acordo com o novo Projeto Executivo, que custou aos cofres da Prefeitura cerca de 36 milhões, as pistas expressas, que estavam no projeto original da Operação, serão substituídas por um túnel que vai ligar a Avenida Roberto Marinho com a Rodovia Imigrantes, o tunel aumentou, teria 400 metros, pelo novo projeto, terá mais de 2.000 metros. Para a execução da obra do túnel estima-se um custo de R$ 4 bilhões.

Questionado sobre a substituição do projeto original pelo atual, o arquiteto defendeu a construção do túnel. Segundo ele, o túnel e o parque qualificam a superfície, que não seria, dessa forma, ocupada por veículos. Além de contribuir com o meio ambiente, seria uma obra mais rápida, trazendo menos transtornos a população. Segundo ele, a discussão sobre a legalidade ou não desta obra não lhe diz respeito.

O arquiteto Paulo Bastos também faz parte do consórcio que ganhou a licitação recentemente para elaboração do projeto executivo de implantação do parque linear na superfície deste túnel, agora aumentado, e dos planos de urbanização para ZEIS (habitações de interesse social) que custou a Prefeitura mais cerca de R$ 21 milhões.

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